quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Jogos de ultimamente

Me esperando embaixo da árvore de Natal estavam alguns jogos. Alguns para Wii, alguns para PC. O PS2, coitado, ficou sem atividade. Apesar de ser um console maravilhoso, provavelmente o que mais me divertiu dentre todos os que já tive, não saem jogos legais pra ele já faz um bom tempo. Winning Eleven 2009 não conta, já que se trata de uma versão MUITO mais pobre do que a disponível para PS3/XBOX360/PC. Aqueles jogos de luta livre e franquias esportivas anuais também não valem de muita coisa. Aliás, o canto do cisne para o PS2 parece mesmo ter sido o FFXII, ou talvez God of War 2. Mais recentemente, Persona 4. E pronto, está praticamente defunto. Em todo caso, eu ainda compraria um PS2 pela quantidade de bons jogos disponíveis. Se alguém tiver uma sugestão de bons jogos de PS2 que saíram recentemente, os comentários estão abertos.

Mas esse não é o assunto do post atual. Falemos das explorações de design e jogabilidade em outras plataformas. Dois jogos têm me feito constantemente feliz durante esse fim de ano. Ambos disponíveis no Wii, ainda que um deles eu esteja jogando no PC.

O primeiro deles, exclusivo do Wii, é o Boom Blox. O jogo foi idealizado por um tal de Steven Spielberg (!) e faz bom uso do Wiimote como dispositivo apontador e como maneira de interagir com o jogo. A meta é bem simples, você atira uma série de bolas (de baseball, de boliche, bolas-bomba e por aí vai) em blocos empilhados. Cada bloco tem um valor de pontos. Quando todos os blocos forem derrubados, o jogador com mais pontos vence. É interessante porque há vários tamanhos, tipos e pesos diferentes para cada bloco, de acordo com o seu valor ou posição estratégica.

Outra maneira de jogar é disputando partidas ao estilo Torremoto (Jenga). O jogo monta uma torre com blocos empilhados e os jogadores devem usar o controle (junto com o sensor de movimento e aceleração) para retirar os tijolos sem que a mesma desmonte. Funciona bem e rende umas boas risadas.

Passei a noite do dia 24 e boa parte do dia 25 jogando isso com minha adorável esposa e nossos visitantes natalinos. Nos divertimos muito e rimos um bocado, lembrou muito os antigos jogos de tabuleiro. Quem sabe na próxima a gente apela pro Jogo da Vida ou pra uma partida interminável de Banco Imobiliário... Bom mesmo eram o Palavras Cruzadas (Scrabble) ou Twister.

Para que fique registrado, parece que a Electronic Arts está tomando jeito. Boom Blox, Dead Space, Skate e outras franquias interessantes foram lançadas esse ano. Ok, acho que o Skate saiu em 2007, mas o argumento continua o mesmo. Novas franquias e propriedades intelectuais são interessantes. Chega de Need for Speed. Aliás, foi-se o tempo em que o jogo era sobre usar carrões esportivos em estradas. Desde o NFS Underground o jogo ficou excessivamente urbano. De uns anos pra cá, é tudo sobre nitro, fazer rachas e fugir da polícia. O outro lado da moeda é que, assim como o NFS, a avalanche de versões de The Sims e dos jogos anuais de esporte continua.

E para que fique registrado: não tenho nada contra os jogos de corrida urbanos, gosto muito de Midnight Club e Burnout. A diferença é que os dois são, ou foram, na minha opinião, muito mais inovadores do que a série NFS de uns anos pra cá.

Voltemos ao assunto do post. O outro jogo, disponível via WiiWare ou PC, é o World of Goo (feito pela produtora independente 2D Boy, composta por apenas duas pessoas). Você usa apenas o mouse para posicionar e colar bolotas de uma meleca preta e pegajosa umas nas outras. O objetivo é fazer pontes para cruzar abismos, montar pirâmides de meleca e etc. Mais ou menos como Lemmings, você tem que levar uma dada quantidade de meleca (ou de lemmings) de um lado para o outro do cenário. As ferramentas de Lemmings foram substituídas por melecas de cores diferentes que, é claro, possuem propriedades diferentes.

Como o jogo é para PC, aqui vai o link para a versão demo.

Recomendo ambos para os jogadores mais experimentados e também para os que possuem pouca ou nenhuma intimidade com os videogames. São jogos com mecânica simples, profundamente divertidos e que fazem bom uso do raciocínio dos jogadores.

Enquanto isso, a jogatina continua correndo solta no Oblivion. Estamos chegando perto de 50 horas com Afaniel, uma elfo negra, ladina, especialista em arqueirismo. A maioria dos quests têm sido resolvidos com uma combinação de furtividade, e flechadas pelas costas. Já completamos a Guilda dos Ladrões, a Arena na Cidade Imperial e as missões da Irmandade Sombria. Estamos fazendo um bocado de sidequests menores para, enfim, jogar os quests principais do jogo. Tem coisa demais dentro de um jogo só viu, putz!

E vocês, como passaram o natal? Jogando muito?

Cardápio de ano novo: aprender a usar o MAME e mandar ver nos jogos da minha infância/adolescência. Todos aqueles de briga de rua, as quinhentas versões de Street Fighter e Mortal Kombat, contra os X-Men, a Marvel e a pia da cozinha. Acho que a lista de jogos dava um bom post, hmmm...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Ambientalistas? ãn?

Respondendo a um questionamento do PK, achei que isso devia virar post.
A pergunta foi:

"Jorge e Aninha - respondam com sinceridade...

Vcs encontram muitos "ambientalistas" e "defensores da natureza" por aí, abraçando árvores e beijando as pacas? Tem representação do Greenpeace e da WWF, com jovens ativistas se acorrentando na frente de prédios?

Engraçado. Parece mais fácil defender a nossa amada natureza tropical de dentro de escritórios com ar condicionado. Porque ficar levando picada de inseto, passando calor e fugindo de chuva dá taaaaanto trabalho, né?"

E a minha resposta é:

Não eu não vejo ativistas e nem ambientalistas, mas no nosso caso é diferente - não que eu esteja dizendo que eles andam por ai, mas Trombetas é uma área de preservação sim, porém privada. Nem se eles quisessem vir aqui não poderiam sem a autorização da mineração, até vendedor de barsa tenta entrar na cidade e não consegue, alegam ser brasileiros no território nacional bla bla bla, masssssssssss é área privada! Então se fuderam. Só que a mineração tem uma política ecológica fantástica, tanto de reflorestamento quanto de conscientização popular na cidade, aqui não tem lixo na rua, a gente convive com animais nativos - as vezes isso assusta, mas fazer o que.. Então, na verdade um ativista aqui ia boiar, pq tudo o que vc pensar de salve a natureza a mineração faz. Aqui a coleta é seletiva, a energia de biocombustível, é tudo muito certinho, a cidade tem iso 14001 de qualidade de vida. Não tem lojas e restaurantes, não é um lugar perfeito, mas é um lugar que retira o emprego dos ativistas, heehehehhehe Mas tem algo muito triste, quando a gente sai de avião da cidade, uns minutos depois, talvez uns 30, sei lá... a gente olha pra baixo e vê clareiras de desmatamento, tudo queimado, sem árvores, nem nada. Esse "buracos" me fazem fazer a mesma pergunta que você: cadê os ambientalistas e ativistas que querem salvar a amazônia? Talvez em cadeiras e no ar condicionado pensando em como fazer os EUA aceitarem o protocolo de Kioto, ou coisa assim. Acredite, apesar do trabalho que a Mineração faz aqui, da Vale em outras partes, e outras empresas, se alguém não mexer a bunda a amazônia vai acabar. Cada dia cresce a área de desmatamento. E ai?
Beijão e muitas saudades de vcs tb!

sábado, 25 de outubro de 2008

Men at work



Ah, a vida em Porto Trombetas, o lugar mais bucólico da

humanidade! É comum a gente ver por aqui um monte de espécies

tipicamente amazônicas levando suas vidas numa boa. Por exemplo,

todas as manhãs e nos fins de tarde eu vejo cotias na ida e na

volta do trabalho. De vez em quando, se você der sorte, pode ver

um veado. Todos os dias ouvimos o barulho do macaco guariba.

Também já vi algumas vezes tucanos e araras vermelhas. A Ana até

já viu as azuis. No fim de semana passado fomos ao Lago do Moura e

vimos patos, um pássaro pescador (como um mergulhão, que nos

mostrou que nem só os beija-flores pairam no ar) e botos que

nadavam acompanhando nosso barco. Isso sem contar nas inúmeras

criaturas que apenas ouvimos durante o acampamento noturno e

diurno.
No entanto, nem tudo são flores.
No início do mês de outubro tivemos uma mega-chuva, daquelas de

cinema. Acho que é isso que os gringos chamam de tropical

rainstorm. Ela derrubou um monte de árvores na cidade e, suponho,

na floresta. Graças aos céus, ninguém ficou ferido. A outra coisa

que ela derrubou foi o sinal de internet. Ou seja, alguma árvore

em algum lugar caiu por cima dos fios, antenas ou sei lá-o-quê

responsável pela comunicação entre a cidade e o satélite de uma

dessas telecoms sem rosto. O resultado, nossa internet voltou

ontem, depois de quase três semanas.
Enquanto isso, a operadora TIM aprontava das suas. Tim-ganei,

Tim-lasquei, Tim-fudi e assim por diante. Com certeza, fruto de

uma boa dose de chuva e árvores "mal posicionadas".
A combinação de ausência de internet e ausência de telefonia é uma

mistura perigosa, deixa a gente meio doido. "E se acontecer alguma

coisa? E se eu tiver um troço e não puder ligar para o hospital ou

os números de emergência?"
De fato, Trombetas é realmente um local bucólico.
Quanto mais a gente fica aqui em cima percebe como é diferente do

mundo aí embaixo. Seja pela velocidade e estabilidade das conexões

via internet ou celulares, ou pela rede de serviços e comércio

disponível a praticamente qualquer hora do dia ou da noite. Por

exemplo, a Ana foi picada por uma vespa ontem. Fomos ao hospital

porque ela teve uma reação alérgica. Formou-se primeiro um inchaço

pequeno, do tamanho de uma moeda. Ele terminou bem maior que um

pires, com direito a injeção de dexametasona e tudo mais. Falando

na rede de serviços, não havia uma farmácia aberta na cidade para

que comprássemos a pomada receitada pelo médico. E pensar que o

relógio tinha acabado de marcar a sua décima badalada noturna.
Não pensem que estou reclamando, muito pelo contrário. Onde mais

podemos ver gaviões caçando, araras voando e cotias comendo sem

ter que ligar o NatGeo ou Animal Planet? Aliás, a floresta tem um

som muito melhor ao vivo.
Enquanto isso, a Ana me diz "só não quero ficar lá dentro, a casa

e o asfalto estão ótimos". Impagável.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Novo membro da família


People, essa é a Mel...

A nossa menina cofap! hehehheheh

beijos

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Echoes...



Obrigado pelos anos de trabalho e pelas músicas fantásticas. Fique em paz.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Mais um pouco de DRM (Digital Rights Management)

Conforme matéria publicada na Joystiq, a famigerada Electronic Arts aprontou mais uma das suas. A bola da vez é o jogo Spore, um simulador de, bom, tudo. Você começa jogando com um organismo unicelular dentro da água e termina o jogo na era espacial colonizando outros planetas e espécies. O legal é que tudo no jogo, desde os veículos e casas, até as criaturas em si, são totalmente customizáveis. Abra aí o seu google, digite "spore review" e vá ler a respeito, já que realmente parece muito interessante.
"Qual é o problema?", você deve estar pensando. É simples. O jogo passa pelos malditos processos de certificação eletrônica, para variar um pouquinho. Cada vez que você instala o jogo, ele deve ser ativado usando um código especial. Mas você só pode fazer isso no máximo 3 vezes. Teve que desinstalar, formatar a máquina ou qualquer outro problema e gastou suas 3 instalações? Ligue para a EA e o suporte técnico deles vai resolver seu problema, ou pelo menos deveria, aparentemente fornecendo mais códigos de ativação. Imagino que o jogo tambem se autentique periodicamente uma vez que tenha sido iniciado, até porque um dos grandes atrativos é o compartilhamento de conteúdo entre os usuários.
Só um outro detalhe aqui. Como é que alguém que não está conectado a internet faz pra jogar? Será que daqui a uns bons 5 ou 6 anos os servidores de ativação ainda estarão ativos e compatíveis com esse jogo? Já estou vendo o pessoal aí reclamando que 5 anos para um jogo transformam-no num fóssil. Se assim fosse, eu não jogaria mais Unreal Tournament e um bocado de gente ficaria para sempre fora do Counterstrike. Aliás, não haveria interesse algum por emuladores de consoles clássicos que simulam jogos de, oh céus, 10 a 20 anos atrás.
De volta ao texto e ao assunto principal.
Esse tipo de proteção de conteúdo suscitou protestos de vários usuários do Amazon, que estão mostrando suas opiniões nos posts e avaliando o jogo com notas péssimas (1.5 de 5 estrelas). No entanto, isso não vai afetar em nada as vendas, já que esse era um dos jogos mais esperados do ano. Enquanto isso, o Spore segue no número 1 de vendas dessa semana em vários sites e a EA continua construindo seu império do mal.

PS: O disco Death Magnetic foi lançado, completo, para o jogo Guitar Hero 3 na força de conteúdo adicional. Ele também será compatível com o Guitar Hero World Tour, que ainda não saiu. E pesar que o Lars ficava xaropando o Napster e agora tá com músicas da sua banda flutuando pela internet e fazendo parte de um jogo de videogame. Até que enfim 2008 chegou!

domingo, 7 de setembro de 2008

Metallica, Napster e o gerenciamento de direitos em conteúdos digitais



Essa é uma continuação do post anterior.

Graças a alguma loja francesa que decidiu vender o disco antes da data combinada, o álbum Death Magnetic vazou para a internet. O pessoal aí nos comentários falou que já baixou e ouviu. Resolvi investigar e encontrei diversos blogs com links para download direto pelo rapidshare, zshare, badongo e tantos outros serviços de hospedagem gratuita de arquivos.

O mais estranho foi quando li uma matéria na Whiplash sobre o assunto. O Lars (aquele mesmo que fez o escândalo em torno do Napster e dos downloads de mp3 do grupo) levou a história toda numa boa. As palavras do rapaz foram as seguintes: "Escute, nós estamos há dez dias do lançamento. Digo, nós estamos bem aqui. Se essa coisa vazar no mundo inteiro hoje ou amanhã, bons dias. Bons dias, acredite. Dez dias antes e ele não foi falado mal ainda? Todo mundo está feliz. É 2008 e faz parte de como as coisas são hoje, então está bem. Estamos felizes".

É sr. Ulrich, e pensar que 10 anos atrás (foi isso tudo mesmo? Faz tanto tempo assim?) baixar músicas do Metallica pela internet era quase um dos pecados capitais. Nessas horas eu aprecio algumas bandas que dizem o seguinte: Você entra na internet, baixa o nosso disco, escuta e mostra pros colegas. Quem gostar, vai na loja e compra. Quem não gostar apaga e pronto. Simples assim. Acho esse tipo de posicionamento interessante em duas frentes:

1- Eu não vou experimentar ou testar uns bons 50 reais num disco de uma banda que eu não conheça ou não tenha jamais ouvido.

2- Trocar músicas com os colegas é uma boa maneira de estreitar laços, conversar e descobrir interesses comuns. Além disso, você acaba divulgando o trabalho de uma banda ou artista da melhor e mais honesta forma possível: propaganda boca-a-boca de quem ouviu, gostou e está recomendando. Isso é, no meu ponto de vista, MUITO diferente de ler uma reportagem num lugar qualquer dizendo "Oh, a banda tal é boa, compre já o cd!".

E para que fique registrado: o mesmo é válido para videogames. Já fui tratado como bandido várias vezes por empresas como a EA e a Microsoft. Depois de comprar o jogo, sou obrigado a autenticá-lo e ficar online sempre que quiser jogar para que a minha cópia seja validada. Que absurdo. Já me basta o Starforce e esquemas semelhantes de proteção anti-cópia.

O caso é o seguinte, uma softhouse chamada Stardock faz alguns jogos de estratégia para PC. Alguns de vocês devem conhecer o Galactic Civilization e o Sins of a Solar Empire. O último deles já vendeu mais de 500 mil cópias e o primeiro tem várias expansões. A parte interessante é que eles não colocam qualquer tipo de trava ou verificação de autenticidade online. Caso você esteja pensando, sim, o jogo pode ser baixado e pirateado livremente. O caso aqui é que a Stardock mostrou que a falta de "proteção de conteúdo" não afetou as vendas do produto, nem enfureceu os acionistas, ao contrário do que se pensava.

Para fechar, só uma historinha do que aconteceu comigo.

Em 2004 adquiri um comptador numa grande rede de varejo. Ou seja, fui no mercado e comprei meu PC dividido em prestações beeeem pequeninas. De lá para cá, ele sofreu diversas atualizações: pentes de memória ram, placa de vídeo, gravadora de DVD e por aí vai. Sempre que isso acontecia, eu formatava tudo e instalava o Windows original que veio com a máquina. Baixava toooodas as atualizações do Windows Update de novo e tudo mais.

Depois de sabe-se lá quantas atuaizações, pois agora eu já tinha um belo computador frankenstein, troquei a placa mãe (eu precisava de um slot PCI-Express para minha nova placa de vídeo, na época era uma veloz Nvidia 6800XTreme). Não formatei a máquina pois era só uma placa de vídeo, basta trocar os drivers (antes eu usava uma ATI Radeon 9600PRO). Para minha surpresa, o Windows travou na tela de entrada, me dando uma mensagem de ativação e tudo mais. Não consegui acessar meus próprios dados, incluindo os trabalhos de faculdade.

A solução foi visitar a banca de jornal e comprar uma distribuição do Linux que rodasse direto do CD. Coloquei na máquina alguma versão do Kurumin, que se auto-instalou e detectou todas as minhas peças. Fiz backup da minha antiga pasta Meus Documentos, bem como de alguns outros arquivos.

Tirei o cd, resetei e tentei entrar no Windows de novo. Nada. Liguei para o número fornecido na tela. O suporte da Microsoft me disse que não tinha responsabilidade com a minha máquina, já que ela tinha sido atualizada muitas vezes com peças novas. Liguei para o suporte da Novadata, que fabricou meu PC original. Eles me disseram a mesma coisa. O resultado: uma chave de licença legítima do Windows que deixou de funcionar porque foi ativada muitas vezes por causa da atualização de peças. Ambos os funcionários do suporte técnico tiveram a petulância de me pedir para comprar uma cópia nova do Windows!

O real resultado: uma sensação de desgosto, como se eu tivesse sido roubado. Continuei usando o Windows com uma cópia "student release" que achei flutuando na internet. Ela continha uma documentação dizendo ser gratuita e para uso universitário nos EUA. Achei meio estranho e mandei bala. Fiquei usando o computador assim, dependendo do maldito DirectX para poder continuar jogando. Por isso não migrei tudo para o Linux. Sei que existem emuladores do Windows e do DirectX no sistema do pingüim. Sei também que existem binários universais para alguns jogos. Mas venhamos e convenhamos, o comodismo nos impede de fazer muita coisa.

E hoje? Já estou sem meu monstrinho, ele foi formatado, recebeu alguma distribuição Fedora e foi vendido. Fiquei usando o laptop da minha esposa, um computador HP com tudo original, inclusive o Windows. Tomara que não me venham com essa de ativação ou verificação online de novo, putz.

E pensar que tudo isso começou com um comentário da Laila sobre o Metallica e o Napster...

PS: Farei mais uns comentários sobre o Death Magnetic assim que possível. Deixa eu ouvir o disco mais algumas vezes, poder cantarolar e tocar uns trechos das músicas, aí sim.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Controvérsia magnética


Por algum motivo, razão ou circunstância que me é desconhecida, parte da mídia ultra-conservadora dos EUA entrou em parafuso quando viu a capa do disco novo do Metallica. Essa que está na imagem acima.


Aliás, achei o motivo. Eles são todos uns neuróticos.

No meu ponto de vista, a arte do disco é claríssima: trata-se de um caixão no fundo de uma cova. O caixão é um imã e as linhas pretas em volta são a terra. Aqui há um jogo de imagens da terra com a limalha de ferro. Quem é qu enão fez essa experiência na aula de ciências da escola? Você pega uma folha de papel, joga limalha de ferro em cima dela e fica passando o imâ por baixo. Como mágica, para provar a existência do magnetismo, os fiapinhos de ferro vão se mover e formar desenhos de acordo com a posição do imã. Eles fazem esse perfil meio esférico para mostrar os dois pólos de atração. E pronto, está aí a morte/caixão/imã. Death Magnetic, porra.

De alguma maneira, canais de tv como uma certa FOX News e, creio eu, a Associação das Velhinhas Escandalizadas Ultra-Conservadoras de Direita (tm) sentiram-se ofendidos com mais um ataque à moral e os bons costumes.

O que importa mesmo é que o Metallica está disponibilizando, a cada segunda-feira, uma faixa do novo disco online. Segundo li pela internet, ainda não são as versões com mixagem final. Tomara que não o sejam, já que em algumas delas a bateria está por demais alta.

Por enquanto ouvi e baixe as seguintes faixas: Cyanide, My Apocalipse e The Day That Never Comes. Cyanide é uma boa música, mas a mixagem está meio, como dizer, questionável em alguns trechos. Ela já tinha sido ouvida e vista por aí em alguns bootlegs e shows anteriores disponíveis na rede. Mas agora parece que ficou mais redonda. Tem uma boa base, com baixo e bateria bem marcados em cima do riff de guitarra. Falando nelas, os solos voltaram! Woohoo!

My Apocalipse parece uma música que ficou perdida nos tempos do Kill'em All. Boa demais. Não tenho o que falar dessa música. Das três que foram apresentadas ao público, essa foi a mais legal, com certeza. Bases rápidas e velozes, clima geral do thrash metal oitentista e alguma letra sobre eclipse, apocalipse, morte, aniquilação e fogo. Esse é o Metallica pelo qual me apaixonei quando era moleque. Tenho certeza que alguns leitores vão concordar. É só fazer o teste. Pense nas seguintes músicas: Master of Puppets, Seek and Destroy, Whiplash, Battery, Blackened. É, sentiu uma coisa boa por dentro? É isso aí! ESSE Metallica está dando mostras de uma ressurreição. Ainda assim, sejamos cautelosos e esperemos a versão final do disco.

The Day That Never Comes, por outro lado, agradou menos que as outras duas. É ao mesmo tempo um esquema meio Black Album na primeira metade da música, para depois entrar no esquema thrash do início de carreira do grupo. Lá vem uma baladinha com dedilhados, refrão com power chords e distorção e o vocal do James num estilo mais atual. Aliás, como ele canta! Lembro-me da boa dicção e afinação do James no S&M. É mais ou menos esse estilo. Menos berros e menos agressivo, mas com um feeling que não estava lá (ou ao menos não dessa forma) nos discos anteriores.

Quando ela vai completar uns 4 minutos (de um total de oito) começa a sucessão de bases e solos. É como uma outra música. Suponho que ela sofra possíveis edições para que seja tocada no rádio apenas na primeira metade. Mais um minuto depois e temos as guitarras dobradas em palm muting com um riff que lembra alguns trechos de One (aquela base por trás de Landmine, has taken my sight). Segue-se um pequeno solo e umas guitarras dobradas num esquema de pergunta e resposta. Daí para o fim, mais solos e bases. Só que eu achei tudo isso meio perdido. Ou eles terminavam a música ali aos 5 minutos e fechavam a balada, ou eles separavam todas essas bases e solos para usar em outras canções. Ficou meio estranho, como se tentasse ser dois e acabasse não sendo nenhum.

Em todo caso, talvez meus comentários sejam os de uma pessoa que queria o Metallica do And Justice for All de volta. Claro, só que dessa vez com muito mais grooves no baixo, já que o Rob Trujillo é a atual fábrica de graves do grupo. No geral, as músicas são uma fusão do bom e velho Metallica com algum toque mais recente, não sei bem se do Black Album ou do Load/Reload. Contanto que não seja do St. Angers, está tudo bem.

Aliás, hoje li uma entrevista com o Lars falando que o St. Anger era necessário para que o grupo se encontrasse na posição onde está hoje. Que assim seja. Tem hora que a gente precisa fazer uma limpeza geral, colocar os podres pra fora e botar os pingos nos is. Se o St Anger é a limpeza do Metallica, o Death Magnetic abre os caminhos para um grupo que ainda tem muito a contribuir. Um brinde para o novo e reenergizado Metallica! E outro brinde para seu disco promissor. Que meados de setembro chegue logo!

PS: Tô devendo umas análises de jogos para uns visitantes por aí. Vocês não foram esquecidos, mas rotina de professor é dose. Posso prometer que já estou jogando e relembrando algumas coisas antes de escrever e prometo sanar meu débito em breve.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

IT is here!



It's only rock'n'roll, but I like it.

Ah sim, a clássica canção do Genesis no último disco de Peter Gabriel com o grupo.

Mas hein, esse post não é sobre o Genesis. É sobre um presente que eu e a Ana nos demos no mês de julho. Estávamos firulando pelo Mercado Livre, olhando as bobagens e coisas interessantes à venda, quando nos deparamos com uma bandeira do Iron Maiden. Quando a vimos, sabíamos que precisávamos comprá-la. E assim foi feito. Ela saiu de São Paulo ainda em julho e só chegou em nosso recanto amazônico agora, no fim de agosto.
Ela tem 1,30 x 0,90m e, por enquanto, está na nossa sala. Quando a parte lateral da casa ficar pronta (só falta cobrir), ela ficará pendurada junto à mesa de jantar, num testemunho à qualidade do grupo e à nossa paixão pelo heavy metal. O último disco deles é bom, mas muito bom mesmo. Que venha o DVD da tour A Matter of Life and Death. E que também venha o DVD da Somewhere in Time!
Se alguém aí foi aos shows no Brasil e quiser dividir sua opinião ou narrar algum fato pitoresco, fique à vontade.
Assim, dedico esse post e todos os fãs do Maiden e do metal, onde quer que estejam. Eu avisei a alguns que tinha uma surpresa, certo? Aí está.
Com as bençãos de São Peart, aproveito para fazer o convite do Maiden-kontro Amazônico! De modo a continuar a tradição dos Rushkontros brasilienses, agora a casa está apta a receber visitantes para tomar umas cervas, ouvir e ver o heavy metal. Quem se habilita?

OBS IMPORTANTE: Meu cabelo não está vermelho. É só a combinação do flash com a luz da sala e algum reflexo esquisito.


PS: Viu PK, eu disse que tinha uma surpresa! ehheheheeh ( Aninha)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Moving Pictures no Rock Band

A Harmonix, produtora do jogo Rock Band, anunciou que o disco Moving Pictures, da Santíssima Trindade, estará disponível para download a partir da semana que vem no PS3 e naquele-console-cujo-nome-não-posso-falar-e-que-o-Zé-Guiga-escreve-a-respeito.
A parte interessante é que para Tom Sawyer e Limelight serão utilizadas as master tapes originais do grupo, lá de 1981. Todas as outras faixas serão covers recriados pelo pessoal da Harmonix. Considerando que YYZ já tinha aparecido no Guitar Hero 2 (feito pela mesma empresa) e ficou muito bem montada, tenho fortes esperanças de que as demais músicas também vão arrebentar.
Além das 4 grandes (Tom Sawyer, Red Barchetta, YYZ e Limelight), o disco ainda conta com The Camera Eye, Witch Hunt e Vital Signs.
Para os desavisados, The Camera Eye talvez tenha sido o último grande épico da banda. São quase 11 minutos de rock progressivo de altíssima qualidade. De lá pra cá, nenhuma música do grupo ultrapassou os dez minutos. A saber: nos discos anteriores, era bem comum pelo menos uma faixa superar essa marca. No Permanent Waves (1980), por pouco Natural Science não chega lá (9:17). No Hemispheres (1978) quase foi uma dobradinha. A faixa-título tem 18:08 e La Villa Strangiato tem 9:36. Aliás, eu costumava medir o tempo de deslocamento de casa para a UnB (e para a GameOver) como "uma Lavilla". No disco Farewell to Kings (1977) temos Xanadu com 11:12 e Cygnus X-1 com 10:26. No 2112 (1976) temos a faixa-título com 20:39. Voltando mais um disco e chegando ao Caress of Steel (1975), The Necromancer (12:32) e The Fountain of Lamneth (20:00). Ufa! E pensar que tudo isso começou no Fly by Night (1975) em By-Tor and the Snow Dog, com 8:39. E viva o prog!
Mas sim, fui fazer a listagem e me embananei todo. The Camera Eye é um musicaço. Quem estiver com ela aí, escute o solo de guitarra que começa por volta dos 9:13, um dos melhores do Lifeson em todos os tempos.
Witch Hunt é uma música interessante, com um clima bem sombrio e um bom riff. Vital Signs parece muito com o trabalho do The Police, especialmente no estilo das guitarras. Ainda são músicas boas, mas não tão fortes quanto as 5 primeiras faixas do disco.
É isso aí, viva o Rush e os videogames, abraços!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Pais podem ser bizarros


Estava eu lendo a Joystiq, meu site favorito pra notícias de games, quando me deparei com uma matéria inusitada. Logo vi que precisava fazer comentários a respeito disso, não pude me conter. Aproveitei pra pegar a imagem que eles usaram para o texto.
A notícia é a seguinte: de acordo com pesquisas conduzidas pelo site What They Play, os pais preferem que seus filhos consumam álcool ou assistam filmes pornôs do que joguem determinados tipos de videogames.

É, você leu certo. É melhor ficar "no grau" vendo as Aventuras Sexuais de Fulaninha do que jogar alguns games. Suponho que eles estejam falando daqueles jogos Edutainment (education + entertainment), xaropíssimos, que de vez em quando aparecem.
Sarcasmo à parte, os jogos referenciados provavelmente são os suspeitos de sempre. As múltiplas versões de GTA e seu bando de ladrões; Quake/Doom/Halo/Gears com seus personagens cheios de hormônios, palavrões, explosões, armas gigantes e tiroteios. Ou os abertamente sanguinários, como o Manhunt.

O mais divertido foi o mês de abril: os pais estão ligeiramente menos preocupados com seus filhos vendo cabeças decepadas (woohoo! No More Heroes tá liberado!), mas estão ligeiramente mais preocupado com o uso da palavra fuck.

Parafraseando o grande Eric Cartman, só para tornar esse blog uma coisa ligeiramente mais preocupante: fuck, fuckedy, fuck, fuck, fuck.

Como ouvi de uma aluna minha: "Professor, videogames são jogos extremamente viciantes e perigosos, são violentos e cheios de armadilhas que estragam a cabeça da gente". Eu respondi de imediato: "Mas é claro. O Mario montando no Yoshi é um caso de violência animal. Especialmente quando eles pulam em cima das pobres tartarugas. Crime ambiental é inafiançável, alguém devia ter cuidado com isso, estão ensinando a gente a matar os animais! E o Yoshi ainda come as frutinhas que serviriam para alimentar as tartarugas, goombas e todos os outros bichinhos. Que horror!" A parte mais sinistra foi que um pedaço dos meninos entendeu a piada e riu. Outro grupo balançou a cabeça afirmativamente, concordando comigo. Como diria o grande (será que o Cartman fica do tamanho dele?) Obelix: Esses romanos são uns neuróticos!

Na próxima vez que encontrar o pai dessa menina, vou sugerir que ele entregue a ela uma garrafa de cachaça e uns filmes pornôs. Esses, claro, são muito menos preocupantes do que os videogames, fonte da corrupção juvenil.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O almoço.


Comer é bom. Ainda mais na casa da gente!
Continuação das fotos da nossa casa.
Beijos.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

And whispering pictures of home!


Esse é o meu post oficial sobre a mudança e a casa nova. Apesar da óbvia referência ao Deep Purple no título do post, minha nova morada já foi apropriadamente batizada. Ou seja, toquei toda a discografia do Rush no primeiro e no segudo dias, com a conveniência dos cds de mp3, já que os discos em si estão em Brasília, a uns bons 3000 km daqui. Então ok, agora que o rito de passagem terminou, essa é uma das minhas Fly by Night - é assim que todas as corujas se chamam, não? O exemplar da foto é a da geladeira, mas existem outras espalhadas pela casa, indicando minha apreciação pela santíssima trindade canadense.
Como diria Neil Peart, numa musiquinha esquecida lá no meio do disco Presto: "That's nice!" Para os que não sabem de qual música se trata, ela é a faixa dois, Chain Lightning. Aliás, tenho ouvido muito o Presto esses dias. Ele é melhor do que eu achava que era. Os óbvios destaques são Show Don't Tell e The Pass. No entanto, músicas como Red Tide, Superconductor e Anagram for Mongo também são legais. Certamente não são o melhor trabalho do grupo, mas são boas.
Enfim, felicidade é estar na casa nova, poder bagunçar e arrumar à vontade. Estabelecer os horários de comer, dormir e fazer a limpeza. Pintar as paredes da cor que quiser. Ficar de cueca o dia todo no fim de semana. Mas o melhor mesmo é a não-interferência externa. A casa é minha (e da Ana!) e as regras também. Não tem ninguém pra botar o dedo e dizer como as coisas devem ou não devem ser feitas, é um negócio bem libertador.
Como diria o The Who, na figura de Tommy: I'm Free! Saudações ao 50% da banda que ficaram vivos e aos 50% que já nos deixaram. Saudações maiores ainda ao Tommy, o gato mais rock'n'roll do planeta, que hoje está ronronando nos céus.



terça-feira, 5 de agosto de 2008

Quartos adicionais.


Quarto do computador.


Quarto das visitas.


Quarto rosa.



Ainda o quarto rosa.

Nosso quarto.


A fabulosa cama.


A estante.


Mike Wazowski.

A Cozinha! A melhor parte da casa.


O armário da cozinha. E suas facas.


O fogão e o Microondas.


A geladeira.


A pia.


Casa Nova!


A Pia!


A casinha!

O box não tem graça não, mas é outra casinha.



sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Enrolados sim. Esquecidos, jamais.


Gente, estamos em falta com vocês, desculpem. PK não esqueci do God of War não. Aliás, tenho uma supresa especialmente pra você, que dentro de alguns dias será revelada. Você, a Mel e mais alguns ficarão muitissimo feliz! Mas o que acontece é: estamos em um processo de mudança. Provavelmente ficaremos sem internet por alguns dias e tudo mais. É pra melhor, então vale muito a pena. Dessa forma, solicito a presença ilustre de ums dos nossos colaboradores, o Akira, para cuidar do blog pra gente. Espero voltar com notícicas ultra legais.
Só pra não perder o hábito:

Saiu o Soul Calibur de PS3 e o Darth Vader está com tudo. Reza a lenda que a jogabilidade dele é incrível, se alguém tiver acesso ao jogo e quiser fornecer dados pitorescos, por favor, faça seu relato dessa experiência.
Beijos e boa noite.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Minhas palhaçadas com o Mastercard

Na madrugada de ontem a Aninha me informou que a Mastercard possui uma promoção com o tema "Não tem preço". Vocês já imaginam como funciona. Sunga: 50 reais. Viagem para a praia: 500 reais. Protetor solar: 10 reais. Sair na foto com a barraca armada olhando a mina gostosona
na barraca ao lado, não tem preço.

Resolvemos participar e criamos algumas situações. Elas são fotos minhas e da Aninha, que vocês podem ver aqui (zoneando o casamento do PK), aqui (fantasia inusitada de pirata) e aqui (essa é com a Langs). Aliás, das 3 fotos que mandamos, duas aconteceram na ilustre presença do 
grande PK. Aliás, ele tem um blog bom pra dedéu, visitem.

Vejam as fotos que mandei pra Mastercard porque eu posso ganhar um ipod de 4GB e, se tiver muitos visitantes, elas vão aparecer em jornais e revistas. Não é um Playstation 3, mas é um bom começo. Quem sabe se eu participar da promoção da Sky... Hmm...

terça-feira, 22 de julho de 2008

It's-a me! Mario!





It's-a me, Mario!

People,
meu primeiro videogame foi um Super Nintendo com o incrível jogo Super Mario World. Anos depois, através de emuladores, joguei as outras versões do pequeno italiano bigodudo.

Quando soube que a Nintendo preparava um console sucessor do Gamecube, meus olhos brilhavam enquanto imaginava um novo Super Mario. O console seria o Nintendo Revolution, depois renomeado para Wii. E então sairam as primeiras fotos, naquele momento tive certeza de que eu precisava e merecia daquele console. Depois do SNES, meu outro videogame foi o PS2. Eu tinha o direito, depois de quase 11 anos de Super Mario World, de jogar outro Mario que não fosse por emulador. E então em junho de 2007 compramos o nosso mais novo brinquedo. Lindo. A partir daí, acompanhamos diariamente as noticias nos sites de videogames como a Joystiq e a IGN. Tão logo que possível tinhamos o Super Mario Galaxy. Meus olhos brilharam como a 14 anos atrás, quando descobri o personagem. E era emocionante rever o italiano baixinho bigodudo cheio de tecnologia, mas com o mesmo brilho de quando era 2D. A diversão era inevitável. Zeramos a primeira vez com pouco mais do que as básicas 60 estrelas, depois com todas as 120. Nesse meio tempo jogamos coisas novas e agora retomamos o jogo com o Luigi, sim, você tem a chance de zerar com ele e ganhar a foto que seria o final verdadeiro. O fato é que jogar com o Luigi é mais difícil, e mesmo jogando as mesmas fases a diversão é como se fosse pela primeira vez. O jogo é tão bom, que por mais que você jogue ele sempre diverte e emociona. A gravidade aplicada nos planetas do jogo é simplesmente perfeita.

Ela nos leva a crer que realmente estamos flutuando e, se você bobear e cair de uma plataforma, ser sugado pelo buraco negro é inevitável. Cada planeta possui formatos e centros gravitacionais diferentes, mas no básico eles são de dois tipos, os esféricos e as plataformas. O esférico é como um planeta comum, cujo centro gravitacional está no centro e você anda na superficie dele. Já nas plataformas os desenvolvedores escolhem onde fica esse centro. Imaginem uma pizza onde você anda em cima e às vezes embaixo dela. Muitas vezes paredes e o teto trocam seus papéis com o chão. Em um mesmo planeta você tem varios centros gravitacionais, que podem ser indicados por setas ou não ou pelos objetos posicionados no mesmo. Não é difícil saber para onde ir apesar do formato 3d, que ainda hoje em alguns jogos costumam nos confundir.

Pra você se virar nos planetas é preciso saltar, atirar fogo, e da mesma forma que temos a flor de fogo, no Mario Galaxy também temos a flor de gelo, que nos permite virar um boneco de gelo que anda sobre as águas. Temos o cogumelo da abelha, que transforma a personagem em uma simpática abelhinha que pode voar, desde que não se molhe. É possível fazer parte do exército do rei Boo, virando um fantasminha que precisa fugir da luz, e pode passar entre grades.Temos o Mario mola e outras variações da personagem dentro do jogo. A versatilidade é um dos pontos fortes aqui. O gráfico de desenho animado não deixa nada a desejar e facilmente nos leva a sonhar. A inovação do Wiimote torna a aventura ainda mais interessante. Aquela coisa de sacudir o controle, virar e apertar botões ao mesmo tempo, é quase a mesma coisa que dançar sentado. Já assistiram alguém jogando? É divertido, parece até que a pessoa tem formigas nos braços. A verdade é que Super Mario Galaxy é um divertido conjunto de gráfico, jogabilidade, modernidade e tradição que fazem um verdadeiro sucesso.

Aos criadores e desenvolvedores da Nintendo os meus parabéns, continuem criando e transformando as nossas vidas adultas em ricos momentos de criança.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Rush vs. Rolling Stone




Um dia ou dois atrás, um colega me mandou um link com uma matéria da revista Rolling Stone a respeito do Rush. Como bom fã do trio canadense, pensei "Lá vem bomba". Historicamente, a RS nunca deu muita importância ao grupo, usando adjetivos realmente depreciativos para descrever a voz do baixista-vocalista-tecladista Geddy Lee.

Vocês devem estar pensando aí: "Bah, o Jorge escrevendo um texto justo a respeito do Rush? Impossível!". De fato, estão certos. Tudo bem, mas creio que um jornalista sério ou respeitável, apesar dos seus gostos ou desgostos musicais, jamais poderia utilizar expressões como "vocais congestionados que flutuam pelas músicas como gás do pântano". Que tal "berros estratosféricos"? A mais, digamos, justa, seriam os comentários de que a voz de Lee é "desnecessariamente estridente". Ainda assim, sou suspeito para fazer comentários dessa natureza, já que o comentário refere-se ao disco Hemispheres, um dos meus favoritos.

A própria revista, numa matéria atual (10 de julho de 2008) fez uma "análise qualitativa" do debate Rush vs. Rolling Stone. No mesmo dia, uma outra matéria de um repórter que passou alguns dias com o grupo, foi aos shows e etc não perde tempo em caracterizar o público do show de New Orleans como um bando de desajustados sociais. Esses esquisitões sabem o modelo da guitarra utilizada por Alex, cantam junto com a banda em todas as músicas e tocam bateria e os demais instrumentos no ar em perfeita sincronia com o som do grupo.

Não sei o que há de errado em apreciar uma Gibson ES-335 sendo corretamente utilizada. Antes uma dessas na mão do Alex do que num daqueles grupos onde os caras esfregam as guitarras,
trocando entre dois ou três acordes durante a música inteira. E pensar que alguns deles usam Rickenbakers modelo 4001... Me entreguei. Não suporto esses grupos que são alardeados pela mídia como os grandes salvadores do rock, ou o sucesso do verão, ou qualquer coisa parecida. Onde é que eles vão estar daqui a pouco mais de 30 anos? Certamente não no mesmo patamar que o Rush, seja ele medido em vendas de discos, ingressos ou integridade musical.

Engraçado, e eu aqui pensando que o texto da RS seria sobre o grupo, suas músicas, a vida durante a tour, equipamentos e infra-estrutura. Me enganei duplamente, primeiro no foco da matéria, segundo no óbvio respeito, profissionalismo e imparcialidade da equipe da RS.

Veja, não é que ninguém tem obrigação de ser imparcial, justo ou científico o tempo todo. Todo e qualquer crítico musical tem suas preferências, conceitos e preconceitos. Inclusive eu. Qualquer coisa sobre a qual eu decido escrever é fruto de uma escolha, seja ela consciente ou não. Mas como diria o próprio Neil, quando lhe foi pedido que descrevesse Geddy, "ele é uma adorável massa de contradições, assim como qualquer um por aí".

Certamente não tenho todos os eventos, discos e nomes da história do rock na ponta da língua, mas dizer que um disco como o Power Windows é o elo perdido entre o Yes e o Sex Pistols? Que o Presto é uma espécie de techno-metal perfeitamente executado? Xanadu é um momento de rock progressivo meia-boca?

O que eu acho que a RS tenta fazer é encaixar o grupo dentro de um cânone ou de parâmetros já estabelecidos, que sejam familiares para seus leitores. Enquanto escrevi esse texto, as manchetes na página de entrada da revista eram sobre Eminem, Britney Spears, Linkin' Park e Janet Jackson. Está clara a familiaridade e o cuidado dos editores e redatores com o Rush, no específico, e o rock progressivo, de maneira geral.

Para os que querem se divertir, aqui vai um link onde a RS explica o Rush disco-a-disco, com todos os solos de bateria e letras filosóficas.

Obviamente, eu deveria estar ouvindo uma das 500 melhores músicas de Rock de todos os tempos, conforme lista compilada pela RS. Em nono lugar? A profundidade musical-poética de Smells Like Teen Spirit. Talvez Blitzkrieg Bop seja melhor, na posição 92. Purple Rain, 143. Bohemian Rhapsody ficou com a justíssima colocação número 163. Na posição número 346, Dr Dre e 2Pac com sua California Love certamente destroem o Cream em White Room, 21 posições abaixo. Ou Roxanne. Ou Enter Sandman. Ou Smole on the Water. Que tal Ramble On?

Estão fora da lista Estão fora da lista grupos como o Yes, Genesis, e King Crimson. Deep Purple,
Black Sabbath e Pink Floyd possuem quase nenhuma representatividade. Iron Maiden? Nada. Judas Priest? Nem o cheiro. Rush? Heresia! E isso para ficar nos grupos mais conhecidos. Ainda bem que não escolhi nenhuma banda maluca da Suécia.

Revendo minha contabilidade, acho que vou economizar um pouco mais para poder fazer minha assinatura da RS, edições brasileira e estadunidense.

Agora com licença, vou ali assistir o R30 enquanto aguardo o lançamento em DVD do Snakes and Arrows Live e lembro-me dos incríveis Rushkontros em Brasília.

Para quem estava se perguntando, o "VS." da foto veio do ultra-clássico Street Fighter 2 Turbo. Dá-lhe videogames!

YYZ irmãos! 2112 vezes!

domingo, 20 de julho de 2008

Tradição + Inovação = Zelda Twilight Princess



Recentemente estive jogando um monte de jogos antigos através de emuladores.

Relembrando as conversas das madrugadas sobre jogos tradicionais, pensei -Porque não jogar as versões antigas de Zelda? Já que até então, só joguei o mais recente Zelda, o Twilight Princess do Wii. Inclusive me apaixonei... O jogo além de lindo, tem uma história incrível e não é cansativo. Nossa, poderia ficar horas dizendo tudo o que gostei no jogo e os minimos detalhes que me chamaram a atenção, mas perderia um pouco do foco. Então vamos voltar. Através dos emuladores joguei o A Link to the past (snes) e o Ocarina of time (N64). Ambos são incríveis, diferença pesa no quesito gráfico, mas a jogabilidade e história são ótimas. A história segue sempre uma mesma linha, trazendo algo para surpreender e deixar tudo muito mais interessante.

Me agrada uma tradição que continua boa e surpreendendo, pois se olharmos para gibis e filmes que tradicionalmente são muito bons, quando viram jogos ficam muito ruins, e no caso do Zelda é um jogo, que sempre foi jogo, e sempre foi bom. Acredito que a Nintendo teve muita sabedoria em manter a tradição de jogos bastante antigos comoZelda e Super Mario, trazendo a cada console inovações tecnológicas que saltam aos olhos e nos deixa saudosos dos jogos da infância.

Zelda e suas versões:
  • NES: The Legend of Zelda, Zelda II The Adventure of Link;
  • SNES: A Link to the Past;
  • N64: Ocarina of Time, Majora's Mask;
  • GCN: The Wind Waker;
  • Wii e GCN: Twilight Princess;
E me parece que alguns deles já foram lançados no console virtual do Wii. Aí está minha chance de comprá-los e abandonar os emuladores. Olá cartão de crédito, adeus rico dinheirinho.

Continuem jogando e se divertindo!


Press Start Button

Algumas madrugadas atrás, estávamos eu e a minha esposa conversando sobre videogames, mercado consumidor e tendências futuras. A E3 ainda estava acontecendo (entre 14 e 17 de julho de 2008) e a gente falava sobre a Sony, Microsoft e Nintendo. Enquanto isso, coletávamos as últimas estrelas do Mario Galaxy (Wii), finalmente chegando ao total de 120 e destravando o Luigi e a primeira parte do final diferente.

Onde está escrito final, leia-se "zeração", como eu costumava dizer quando era garoto. Chegar ao fim de um jogo era zerar um jogo. Lembro-me quando viajei para Recife, devia ter uns 15 ou 16 anos na época (hoje estou com 26) e me perguntaram: "Já viraste Mario?". Eu fiquei na mesma, olhando pro sujeito. Ele então explicou: "É, chegou ao final, passou todas as fases e matou o chefe." E então eu entendi, virar, zerar, chegar ao final, é tudo a mesma coisa, de acordo com a região. Aliás, meus caros leitores, como vocês chamam o ato de chegar ao fim de um jogo na sua região?

Mas sim, de volta ao assunto.

A gente tava falando da Sony e da Nintendo. Ela insiste que a Nintendo tem adotado um tom tradicional, ainda que possua uma interface diferente, simbolizada pelo Wiimote. De fato, ainda temos o Mario, cogumelos, estrelas, goombas, canos e etc. A maneira de interagir com eles ficou um pouco diferente. Isso é mais notório em jogos como Wiisports, Cooking Mama ou o Smooth Moves do Wario. De toda forma, o legado da Nintendo parece sempre carregado por Mario, Zelda, Pokemon e outros. Isso parece ser a chave para o sucesso da empresa, construindo uma espécie de audiência cativa. Os habitués da casa. O que leva o consumidor de um console da Nintendo para outro são as novas versões ou os desdobramentos dessas franquias já conhecidas e consolidadas. Em time que está ganhando não se mexe. Certo?

A gente passou a madrugada toda falando disso. E não foi a primeira que teve especulações e maluquices de videogames como tema. Hoje veio a idéia de criar um blog para falar disso. O tema central é uma paixão comum a ambos desde crianças: Videogames. No entanto, os videogames serão frequentemente permeados por outros temas, tais como a música, história, comunicação, publicidade, quadrinhos e etc. Eventualmente faremos umas mini-análises sobre os jogos ou facetas interessantes dele.

Boa leitura e continuem jogando.