sábado, 25 de outubro de 2008

Men at work



Ah, a vida em Porto Trombetas, o lugar mais bucólico da

humanidade! É comum a gente ver por aqui um monte de espécies

tipicamente amazônicas levando suas vidas numa boa. Por exemplo,

todas as manhãs e nos fins de tarde eu vejo cotias na ida e na

volta do trabalho. De vez em quando, se você der sorte, pode ver

um veado. Todos os dias ouvimos o barulho do macaco guariba.

Também já vi algumas vezes tucanos e araras vermelhas. A Ana até

já viu as azuis. No fim de semana passado fomos ao Lago do Moura e

vimos patos, um pássaro pescador (como um mergulhão, que nos

mostrou que nem só os beija-flores pairam no ar) e botos que

nadavam acompanhando nosso barco. Isso sem contar nas inúmeras

criaturas que apenas ouvimos durante o acampamento noturno e

diurno.
No entanto, nem tudo são flores.
No início do mês de outubro tivemos uma mega-chuva, daquelas de

cinema. Acho que é isso que os gringos chamam de tropical

rainstorm. Ela derrubou um monte de árvores na cidade e, suponho,

na floresta. Graças aos céus, ninguém ficou ferido. A outra coisa

que ela derrubou foi o sinal de internet. Ou seja, alguma árvore

em algum lugar caiu por cima dos fios, antenas ou sei lá-o-quê

responsável pela comunicação entre a cidade e o satélite de uma

dessas telecoms sem rosto. O resultado, nossa internet voltou

ontem, depois de quase três semanas.
Enquanto isso, a operadora TIM aprontava das suas. Tim-ganei,

Tim-lasquei, Tim-fudi e assim por diante. Com certeza, fruto de

uma boa dose de chuva e árvores "mal posicionadas".
A combinação de ausência de internet e ausência de telefonia é uma

mistura perigosa, deixa a gente meio doido. "E se acontecer alguma

coisa? E se eu tiver um troço e não puder ligar para o hospital ou

os números de emergência?"
De fato, Trombetas é realmente um local bucólico.
Quanto mais a gente fica aqui em cima percebe como é diferente do

mundo aí embaixo. Seja pela velocidade e estabilidade das conexões

via internet ou celulares, ou pela rede de serviços e comércio

disponível a praticamente qualquer hora do dia ou da noite. Por

exemplo, a Ana foi picada por uma vespa ontem. Fomos ao hospital

porque ela teve uma reação alérgica. Formou-se primeiro um inchaço

pequeno, do tamanho de uma moeda. Ele terminou bem maior que um

pires, com direito a injeção de dexametasona e tudo mais. Falando

na rede de serviços, não havia uma farmácia aberta na cidade para

que comprássemos a pomada receitada pelo médico. E pensar que o

relógio tinha acabado de marcar a sua décima badalada noturna.
Não pensem que estou reclamando, muito pelo contrário. Onde mais

podemos ver gaviões caçando, araras voando e cotias comendo sem

ter que ligar o NatGeo ou Animal Planet? Aliás, a floresta tem um

som muito melhor ao vivo.
Enquanto isso, a Ana me diz "só não quero ficar lá dentro, a casa

e o asfalto estão ótimos". Impagável.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Novo membro da família


People, essa é a Mel...

A nossa menina cofap! hehehheheh

beijos