sábado, 5 de fevereiro de 2011

Batman, aperte Select para ver o mapa


Estive jogando um bocado do Batman: Arkham Asylum ultimamente. Para ser bem sincero, é o melhor jogo de super-heróis desde... bem... MUITO tempo. O primeiro jogo do qual eu consigo me lembrar era um do próprio Batman, feito pela Sunsoft para o Nintendinho. Lembro que havia um controle turbo (alguém lembra desse tipo de controle?) no qual a gente usava o botão de socos com o turbo ligado e o de pular desligado (senão os pulos ficavam bem curtinhos).

Era bem fiel ao que eu podia entender sobre Batman na época. Tinha uns esgotos, becos, inimigos genéricos e o Batman podia pegar impulso nas paredes. Ah, e a roupa era em tons de lilás, sabe-se lá o motivo. Os anos foram passando e veio um jogo do Homem Aranha para Mega Drive. Infernalmente difícil para a época, até por que havia um cronômetro eternamente ligado contando o tempo que você tinha para resolver o jogo (salvar a Mary Jane e derrotar o Rei do Crime, se a memória me serve corretamente). Nunca consegui chegar ao final daquele negócio. Também havia um Batman Returns (entre outros jogos do Batman) para Mega Drive, mas era uma porcaria.

Mais algum tempo depois e tive o desgosto de jogar Superman 64, no Nintendo 64. Superman é um personagem difícil. Como você faz um jogo onde o personagem principal é basicamente invencível, super-forte, voa, é ultra-veloz e solta raios de calor com os olhos? Só se tudo e todos no jogo tiverem sido transformados em kryptonita...

A partir de então as coisas começaram a melhorar. Rolava um jogo do Homem Aranha pra PSOne que era legal, feito pela Neversoft (a mesma que fazia os jogos do Tony Hawk). Mas as coisas só ficaram incríveis depois do primeiro jogo do Homem Aranha para PSOne, feito pela Treyarch. Depois vieram o Homem Aranha 2 e Ultimate Spider-Man (aquele que era todo em cell shading). Todos esses são, de fato, muito bons. Pela primeira vez, era possível sair atirando teias por Manhattan. ajudando gente comum nas ruas (a garotinha perdeu o balão vermelho pela 684635468ª vez!!!), coletando as coisas escondidas e destravando informações especiais. Em alguns casos, me lembro de simplesmente ligar o jogo, depois de estar com 100% completo, e ficar passeando pela cidade dando umas manobras com as teias.

Em tempos mais recentes saíram uns jogos do Justiceiro, Kick-Ass e mais alguns do Homem Aranha. Em resumo: fuja de todos eles. Talvez o único que sobrou dessa safra foi mesmo o Spider-Man Shattered Dimensions. Ainda não joguei, mas vi uns vídeos e reviews dizendo que é um jogo competente.

De volta ao Batman, o que tenho a dizer é o seguinte: Arkham Asylum é, provavelmente, o melhor jogo de super-herói de todos. A começar pela dublagem: Kevin Conroy (Batman) e Mark Hamill (Coringa, mas é o Luke Skywalker!!!) mandaram bem demais. Especialmente o sr. Hamill (a Força está com ele, sempre). Além da história principal, há diversas coisas para fazer. Há fitas com entrevistas dos pacientes, troféus/enigmas do Charada espalhados, desafios de habilidade opcionais e mais um monte de tranqueiras. A jogabilidade é muito boa (especialmente nas lutas) e o estilo Metroid-Vania/Zelda de explorar o mundo funciona bem. Para os novatos nesse tipo de jogo, o negócio é que você tem o mapa quase todo aberto à sua disposição, mas só pode acessar determinadas áreas depois de obter um determinado requisito, geralmente um item, habilidade ou progressão da história do jogo. Além disso, os gráficos e a direção de arte são incríveis, bem como a atenção aos detalhes. Por exemplo, depois de cada luta com um chefe, a roupa do Batman vai ficando marcada. No início do jogo você está novinho em folha. Na medida que vai progredindo, pedaços da roupa vão se rasgando e se desgastando. Em resumo: é um jogaço, não percam!!

E que venha o Batman: Arkham City!!!



Um comentário:

Tiago disse...

Só para não esquecer depois: eu gostava do primeiro batman do mega drive, acho que era feito pela sunsoft tb. O batman do nintendinho ter tons de roxo provavelmente se deve ao fato da paleta de cores desse console ser pobre e ridiculamente infeliz na escolha dos matizes... Qualquer concorrente do nintendinho tinha jogos mais coloridos, e/ou cores mais bonitas... Só que a Nintendo contra atacou com a biblioteca descomunal de títulos, e a exclusividade dos melhores títulos... Então basicamente não teve pra ninguém.